Clipping: Tribuna da Imprensa - Graffiti na crista da onda.


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Publicado em: 26/10/2013

Texto: Anderson Carvalho
Foto: Marcello Almo
Com spray de tintas de cores amarela, laranja e preto, a grafiteira Lya Alves mostra a sua arte nos muros de Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro. Quem sobe a Ponte Rio-Niterói pode ver uma mulata sorridente em uma série de grandes “telas” no muro da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio), ao lado da Favela do Sabão, no Centro. Desafiando o preconceito com que ainda são vistos, os grafiteiros procuram dar um pouco de vida e cor a áreas degradadas dos centros urbanos. “Quando vejo um muro em mau estado, quero grafitá-lo”, conta a artista, que grafita desde 2008.
“Inspiro-me no pintor italiano Caravaggio (de estilo barroco, do século XVI). Gosto muito da beleza negra. Utilizo a técnica do Realismo”, explica Lya, que, no ano passado, pintou um muro no Sesc-Niterói, no Centro, por ocasião do aniversário do município.
Agora, o grafite virou cult. Graças a lei sancionada no último dia 23 pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, autorizando a pintura do grafite como forma de expressão e de arte nos pilares de viadutos, pontos, passarelas, pistas de skate e muros públicos selecionados situados na cidade, a arte ganhou reconhecimento oficial, dando espaços para diversos artistas. O Poder Executivo irá produzir uma lista anual de áreas grafitáveis, apresentando-a ao Conselho Municipal de Cultura.
A lei diz também que a lista será atualizada semestralmente ou sempre que solicitado pelo Conselho. A pintura em grafite será feita independente de autorização do Município, bastando apenas anuência escrita do proprietário do muro. A Administração Pública determinará a retirada do grafite que propagandeie a intolerância e o preconceito de qualquer natureza. “O grafite visa a ajudar a revitalizar áreas degradadas. Temos muitos grafiteiros reconhecidos fora da cidade. Nós saímos na frente com esta legislação”, contou o vereador Leonardo Giordano (PT), autor do projeto de lei aprovado na Câmara Municipal e sancionado.
Além do muro da Emop, os grafites são encontrados no Moinho Atlântico, no Centro, na Escola Municipal Magnólia Brasil, no Fonseca, entre outros locais. Lya levou dois dias para pintar o muro próximo a Ponte. “As telas foram feitas por dez grafiteiros. É preciso ter contato com as comunidades. Teve um dia lá que um homem, drogado, saiu da Favela do Sabão e agrediu um de nós, sem motivo”, relatou a artista.

Clipping: Arte na faixa

 

O Rio Eu Amo Eu Cuido realizou o projeto Arte na Faixa no dia 22 de setembro de 2013 com o objetivo de chamar atenção para o respeito à faixa de pedestres por meio da arte. A ação vale tanto para motoristas quanto para transeuntes. O projeto, que já ocorreu em Curitiba, contribuiu com a redução de 20% no número de atropelamentos no período e agora chegou ao Rio. 30 faixas de pedestres em pontos estratégicos de toda a cidade foram pintadas por diferentes artistas, sobre a curadoria de Airá Ocrespo. 



1 dia, 30 faixas, milhares de pedestres. Na última semana você conferiu o projeto Arte na Faixa na nossa Fan page. Agora você pode assistir um pouco do que foi essa ação que contou com a presença de 30 grafiteiros nas ruas do Rio de Janeiro. Agora que você prestou atenção, respeite a faixa.


Arte na faixa
22 de Setembro de 2013














NEWS - Arte na Faixa


O Rio Eu Amo Eu Cuido realizará o projeto Arte na Faixa com o objetivo de chamar atenção para o respeito à faixa de pedestres por meio da arte. A ação vale tanto para motoristas quanto para transeuntes. O projeto, que já ocorreu em Curitiba, contribuiu com a redução de 20% no número de atropelamentos no período e agora chega ao Rio. 30 faixas de pedestres em pontos estratégicos de toda a cidade serão pintadas por diferentes artistas, sobre a curadoria de Airá Ocrespo.



Clipping: Aerosol Carioca

Homenagem do Aerosol Carioca ao Mestre Canguru. Graffiti na Tijuca com Lya alves e Felix. 23/08/2013

Intervenção na Biblioteca Central do Gragoatá com Lya alves, Felipe Blunt e Gabriel Mattos

Intervenção na inauguração da exposição "um olhar sobre o graffiti", dia 12 de julho de 2013 na Biblioteca Central do Gragoatá;
"Quando o muro merece"...

3° Kolirius Internacional Macaé e o painel "Unidade na diversidade".


O 3° Kolirius Macaé foi fantástico, os caras mais feras no graffiti grafitando, a comunidade admirando, som na caixa, skates voadores, latinhas alucinadas, caps rebeldes e o sol brilhando: acredite, foi um delírio. 

No primeiro dia do evento, houve o vernissage da abertura do evento, que comemorava também os 200 anos de Macaé. No segundo dia do evento, começamos a grafitar, totalmente hardcore. O terceiro dia do evento, já havia terminado o graffiti, então aproveitei para observar os detalhes dos trabalhos dos feras que ali estavam. Obrigada, Muk, pelo convite, foi uma experiência e tanto.

Como já disse em outro post, os eixos temáticos do meu trabalho são alienação, coisificação e fetichismo. Desta vez, para falar da coisificação das relações sociais não usei muito simbologias ou antropomorfismos, usei simplesmente cores, minha irmã/persona Ivy, um sorriso e um colar de metal em referência a mulheres da África e Ásia que utilizam um colar de metal para alongar o pescoço para ilustrar a diversidade cultural. Tendo em vista a força da alienação, muitas pessoas passam a ver as mercadorias como se estas  tivessem vida própria, envoltas em um caráter místico, como o colar, que dá status. Ou como vemos nos comerciais da TV, onde um carro zero é a garantia da felicidade, ou uma prótese de silicone, que transforma magicamente uma mulher comum numa bombshell. "Ter é poder', o lema cruel não vale apenas para o capitalismo.

Mas o painel "Unidade na diversidade" não trata apenas de coisificação. Depois que coisificamos, massificamos. E adeus à individualidade. O trabalho foi inspirado no versículo:

"E determinou: “Que a terra seja coberta com todo tipo de vegetação! Plantas que dêem semente e árvores cujos frutos produzam sementes conforme suas próprias espécies. E assim aconteceu." - Gênesis 1:11

Os relatos de Gênesis revelam que a diversidade faz parte da criação do mundo:"produzam frutos conforme suas espécies"- isto é diversidade. A fé cristã estabelece a unidade na pluralidade e na diversidade cultural. O testemunho cristão está acima da possibilidade ou necessidade de identificar a fé com uma determinada cultura. A ação de Deus em favor da diversidade cultural e da dispersão dos povos é iniciativa do próprio Deus, como se vê no relato da Torre de Babel e no relato de Pentecostes. 

A diversidade cultural nunca foi um obstáculo para a missão de Deus. As ações de Deus em Babel e em Pentecostes revelam que a diversidade cultural faz parte da humanidade. Os construtores da Torre é que queriam uma só cultura, uma só língua, ignorando inclusive que a língua é a forma de expressão de um povo (Seria o "politicamente correto" a línguagem única desejada em Babel?). A atuação de Deus em Babel foi de preservar a diversidade cultural e a dispersão dos povos. Assim, a ação de Deus não foi punitiva, mas positiva. Deus percebeu que o projeto de Babel estava ancorado na opressão e exploração dos povos, fato simbolizado pela torre militar. Deus se pôs ao lado dos pequenos grupos em sua diversidade cultural e na sua dispersão territorial. Deus se posiciona contra aqueles projetos que visam centralizar o poder, explorar os meios de produção, uniformizar a humanidade, e outros. 

Eis aí a confusão, fazer toda a humanidade igual. Como assim, falar uma só lingua? Somos diferentes! Como assim, direitos iguais? Somos todos diferentes! Não somos iguais, e esse é o desafio. Unidade na diversidade. É fácil amar coisas e não pessoas, e um dos motivos certamente é pelo fato de que coisas não tem vida nem expressão própria. "Tolerância" é café pequeno,  amar quem pensa e age diferente dos seus padrões, este é um desafio proposto por Deus. Ou podemos ficar com a torre de Babel, a torre da massificação que unifica nosso corpo, mente e alma, nossos sonhos, anseios e pensamentos, onde o militarismo avança, o governo oprime, a linguagem precisa se tornar uma só (o politicamente correto), e vamos centralizar a ordem da sociedade num grupo único, estereotipando e excluindo todos os demais.

Vídeo da abertura da exposição: http://vimeo.com/71165952

Fotos da abertura no Ateliê da Beatriz Mignone
Mais Fotos aqui
Facebook do Kolirius 2013

























Fotos do making of, 2° dia:



















Fotos 3° dia


Clipping 3° Kolirius Internacional